terça-feira, 29 de julho de 2008

Pessoas, passado e futuro

Algumas pessoas a gente nunca mais viu. Passado. Mas, quando encontra um dia, é como se nunca tivessem se perdido da gente. O brilho no olhar é intenso, o abraço ainda é apertado e força do gostar é a mesma.
Algumas pessoas, porém, são mesmo passado. E a gente, quando as revê, é como se tivesse visto um estranho que não quer conhecer. Elas não fazem mais parte da vida da gente. Não sobrou nenhum lugarzinho esquecido no fundo do coração para acolhê-las novamente. A gente nem tem curiosidade sobre o destino delas: não quer saber quem são agora, o que fazem, se têm filhos ou se estão apaixonadas. A gente não quer conhecer de novo.
Esse sentimento (ou falta de) não tem nada a ver com ressentimentos ou mágoas. Tem a ver com a descoberta de que aquela pessoa, que em determinado momento foi tão importante e determinante, não é alguém com quem se queira compartilhar nada, muito menos o futuro, seja ele qual for. Reatar um laço perdido é propor algum tipo de aliança para o futuro. E tem gente que a gente não quer ter como parceiro para o futuro. A relação já deu o que tinha que dar e não é possível estabelecer outra.
Eu não sabia que tinha pessoas assim na minha vida. Descobri agora.