sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Chaga



Tudo em mim é luto. Tudo é sangue vivo, chaga ardente.
Tudo é um vácuo sem respostas, um imenso túnel escuro.
Quero suas palavras banais, suas pequenas miudezas cotidianas.
Preciso descansar dessa ânsia, desse pesar insano,
No remanso de suas abstrações leves e suas cores primárias.
Talvez você me fizesse entender o sentido da dor.
E me trouxesse a calma de saber que nenhuma dor é infinita.
Ou talvez me desse um remanso onde pousar meu corpo
E me afagasse os cabelos em silêncio.
Talvez tirasse de mim a culpa que pesa meus membros
E essa névoa que cobre meu olhar.
Pois tudo em mim agora é névoa translúcida
Espaço inexistente onde caminho tateante e trôpega e só.

2 comentários:

Vissungo disse...

E esta foto? É sua? Me lembrou muito o tal colégio interno em que vivi. Impressionante!

Bjs

Claudia Rangel disse...

É minha - Isso era (ainda bem) o manicômio de Jurujuba (agora desativado). Ainda publico outras que fiz lá. Realmente impressionante o lugar.