

Na exposição Projéteis, Gandini reflete e pretende nos fazer refletir sobre a banalização da violência na sociedade. 12 alvos de treinamento de tiro perfurados por disparos de arma de fogo, pequenas caixas de acrílico com projéteis deformados utilizados nos disparos e os nomes das vítimas fatais atingidas por eles são os convites para o espectador refletir sobre a violência.
O artista plástico Marcelo Gandini também é o sargento Gandini, da Polícia Militar. A violência é matéria prima do seu trabalho na polícia. Longe de se acomodar numa vida de sargento, Gandini mostra sua inquietação utilizando os mais variados e inusitados meios. Restos de papel fotográfico dispensados pelos laboratórios de revelação viram expressão pura nas mãos do cara. Um pequeno barco, a Grandepequenacatraia, na baia de Vitória recebe uma busina de navio, na Bienal do Mar. E agora, unindo seus dois trabalhos, os projéteis utilizados para tirar vidas nos levam a pensar sobre a preciosidade que é viver. Viver em paz, sem sermos alvos fáceis de loucas balas perdidas.
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